sexta-feira, 16 de maio de 2014

Amamentação/Desmame



     Faz tempo que escrevi esse texto, na verdade uns 3 meses, e já parece uma eternidade! AmaRmentar pra mim foi uma experiência sem igual. É uma conexão que só pode existir entre mãe e filho, é mágico, lindo e natural. Abaixo conto minha experiência, quem sabe alguém precisa de uma forcinha e pode estar aqui!

    "Minha familiaridade com a amamentação veio desde pequena, meu avô e minha mãe são especialistas no assunto, e quando meu irmão nasceu vi minha mãe amamentando-o. Tanto que tenho até fotos dando de mamar para as bonecas. Li sobre o assunto, e cresci sabendo que ia amamentar meus filhos.
     Nunca tive um pingo de dúvida que tudo daria certo, que eu teria leite, que ele ia pegar fácil e foi com essa certeza que me preparei a gestação inteira. Minha gineco me falou para passar a esponja nos mamilos e não usar mais cremes para deixá-los fortes e preparados para o que viria. Logo no final já via pontinha branquinha, mais uma vez segura que daria tudo certo.
     No dia do nascimento do Pedro, logo que subi para o quarto entraram duas enfermeiras e falaram para eu mostrar meu peito. Segui as instruções, elas apertaram e disseram que eu tinha mamilo estrábico (nem sei se é assim que chama) e que não parecia ter leite. Bati o pé e disse que estava tudo certo. Mais tarde me trouxeram aquele bebezinho, lindo, e ao meu lado eu tive o apoio da minha mãe e da amiga e pediatra dele Fernanda. Ela me deu as instruções e em seguida o pequeno. Comecei dando o peito esquerdo, porque segundo os judeus é onde está o coração e seu bater é um barulho conhecido, acalmando o bebe. Pedro nasceu com fome de vida, todo torto se esticou e começou a mamar. A pediatra se surpreendeu com sua vontade, e então eu tive certeza da minha certeza.
     Ele mamava super bem, fácil e pegava direitinho. No começo eu o sentia mamar e uma cólica, que sabia que era a natureza colocando o útero de volta no seu devido lugar. Quando vim pra casa o Pedro tinha ficado umas horas na luz e desandou todo o nosso ritmo de mamadas. Meus peitos empedraram, eu senti muitaaa dor, enquanto o pequeno sofria chorando de fome, foi nesse dia que ele começou a usar a chupeta. Quem nos salvou foi a Daniella Mazzaferro, que esvaziou e me ensinou vários truques, sem ela não sei se teria conseguido. Aliás, sem todo o apoio, principalmente da minha mãe que estava de férias e junto comigo montou uma força tarefa. Cozinhava para mim, arrumava a casa enquanto eu e o pequeno descansávamos, amamentar dá muitaaa fome e sede e se você ao tiver alguém para te ajudar com isso também não há como dar certo. Enfim, minha mãe ficou comigo o 1º. Mês inteiro e lembro o 1º. Dia sem ela, que eu fiquei morrendo de fome, a casa destruída e eu acabada! Depois de uns dias eu entrei no ritmo, eu e ele. Ele mamava a cada 4 horas e a última mamada dava um intervalo de 6 horas, dava para descansar tranquilo.
      Tivemos umas crises de cólicas do Pedro terríveis, que sem a ajuda do meu marido eu não sei o que aconteceria! Tivemos também as chamadas “crises da lactante”, em que a demanda por leite do bebe cresce e a mãe leva uns 5 dias para se acostumar e aumentar a produção. Ai são mamadas mais frequentes que nos deixam ainda mais sedentas e cansadas, mas passa. Aprendi que ninguém tem pouco leite, e que o segredo é deixar mamar bastante para a produção de leite ficar correta.
      Amamentei exclusivo pelos  6 meses, ele chorava e lá estava o peito. Quando entrei com a comida ele fez greve, preferia o peito, mais aconchegante e caloroso. Foi mais de um mês até ele desandar a comer. Daí comia de tudo, comia bem, comia o suficiente. Comecei a reparar que ele não queria mais mamar depois das refeições e tive que controlar meu instinto materno de querer dar o peito.
     Sabia que estava chegando a hora dele se tornar mais independente. Aos 9 meses já mamava só de manhã e de noite, e bem pouquinho. Aos  10 eu resolvi acabar com isso, eu estava pronta e precisando disso e ele também. Escutei muitas mulheres que sofreram, bebes que choraram o fim de semana inteiro, comigo, desde sempre, foi natural. Dei o peito de manhã, um minuto em um e dois no outro, e dei a fórmula, 60 ml no copinho adaptado. Ele tomou tudo, virou o copinho para baixo, tipo triste de ter acabado, e nem pediu peito. Sabia que ali se encerrava mais um capítulo e que eu tinha feito minha parte com louvor.
     Não dei mais o peito e de noite ele foi pedir para o pai dar o leite, enquanto a mãe aqui se sentia feliz de ter seguido seu coração e aliviada de saber que agora o pai também vai poder dar o leite pela manhã!
     O que eu queria dizer para todas as mães e futuras mamães é que tem gente que não entende nada e vai falar besteira; tem gente que parece que entende e vai falar besteira; tem gente que você ama e acha que entende e vai falar besteira; enfim, SIGA O SEU CORAÇÃO, e mais importante: ACREDITE. É de extrema importância amamentar, e se tudo der errado, um bom profissional vai poder te ajudar!" 

     Como foi a experiência de vocês?

See you later! ;)

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