terça-feira, 5 de agosto de 2014

Semana Mundial de Aleitamento Materno e como os números criam guerras

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      Eu já falei aqui sobre minha experiência de amamentação, hoje o foco é outro. Estamos na Semana Mundial de Aleitamento Materno e estatísticas foram lançadas com números assustadores, como os que vimos e já lemos sobre os nascimentos, os dois lançados pela Fio Cruz.
      Meu recado nessa semana? MULHERES ESQUEÇAM OS NÚMEROS. Por que se eles são essenciais para mostrar que precisamos mudar? PORQUE ELES COMEÇAM UMA GUERRA ENTRE AS MULHERES QUE CONSEGUEM E AS QUE NÃO.
      Precisamos nos unir. Unir desde o planejamento até o crescimento fora do útero. Nos unir para apoiarmos umas as outras nas horas que precisamos de alguém que sinta ou sentiu o que estamos passando. Na hora de decidir o parto, o médico, o pediatra. Na hora de tentar mais uma vez amamentar antes de desistir. Na hora de desabafar o que está sentindo na confusão hormonal que seu corpo se transformou e no peso que um bebe, na maioria das vezes, com peso por volta de 3 quilos adicionou a sua vida, aliás, ele transformou-a para sempre.
       Vamos sugerir livros, bater papo, SEM JULGAR, apenas ouvir, acolher, apoiar. Falta apoio e onde falta apoio falta segurança. Deu certo pra você? Escreva sua experiência. Deu errado? Também compartilhe, peça ajuda, grite para as outras mães, para um profissional competente, se apoiei em quem te entende.

      Quero falar algumas coisas, antes que me interpretem mal, sei o que é certo e errado, não da minha cabeça, mas de artigos científicos e dados, muitas sabem, mas cobrar que todas ajam como dita a teoria é cobrar demais e escutar de menos. Cada um cria em cima dos valores que foi criado, que acredita, que zela. Vamos acima de tudo nos respeitar.

      Amamentar é natural, claro, mas como parir também é, algumas pessoas não conseguem entrar no ritmo assim, naturalmente. Vou sugerir um livro que todas deveriam ler, ainda durante a gestação VINCULO MÃE/FILHO escrito pelo meu amado avô Fernando José de Nóbrega, e que em capítulos tem a participação da minha querida mãe, Custódia Virgínia de Nóbrega, vale a leitura para entender, por exemplo, como essa atitude de cobrar o natural acontecer naturalmente pode atrapalhar:

“Os fenômenos intrapsíquicos têm influência significativa no desempenho da função materna de amamentar, tantas vezes sugeridas como simples e natural e que são capazes de dificultar e até mesmo impedir tal função, mesmo quando a mãe está fortemente empenhada nisso.”

     Ao dar o peito a mãe dá a si mesma, dá seu amor, recebe o amor do pequeno, cria um vínculo com esse ser, com esse pedaço dela. "Amamentar exclusivo por 6 meses é dar um credit card platinum para o seu bebê" é o que diz a pediatra do Pedro. Amamentar exclusivo ajuda a evitar muitas doenças e até a obesidade no futuro. 
     Quanto tempo você vai amamentar seu filho? Quem decide é você, mas minha dica, embasada em especialistas, é que se esforce para atingir esses 6 meses exclusivos, que são a chave para um futuro mais saudável. Eu amamentei exclusivo por 6 meses e até os 10 meses, escolha minha, percepção minha de mãe. Entrei sim com a fórmula NAN indicada pela pediatra e pelo meu avô, que ajudou a torná-la completa, podendo ser usada até os 3 anos.

     Sinto falta de amamentar, sinto falta daquela troca de amor natural, completa, feliz. Mas hoje ele se senta com seu copinho de canudo e toma seu leite feliz, crescido, em constante evolução. Evoluir, isso que temos que fazer. Gerar, amamentar, alimentar, instruir e deixar crescer, seguir.
      Pelas vias "naturais" esse processo é muito mais profundo, tanto na parte nutricional como no vínculo. Mas vamos colocar no colo também as mães que por algum motivo não deram o peito mas transbordaram de dar o amor. Vamos lembrar que ser uma boa mãe vai além disso tudo e que ajudar e dizer: "Vai ficar tudo bem" é o melhor que podemos fazer para que dia após dia esses números se transformem.

*Para acesso a mais informações e dados clique aqui

        

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